Uma experiência interessante em interface com o usuário, mas eu não creio que tenha muito futuro. De qualquer modo, vale a pena dar uma olhada.
Nas suas próprias palavras: "experience a button-free world".
sábado, 16 de julho de 2005
sexta-feira, 15 de julho de 2005
Segurança sem Firewalls
Acabo de ler o pequeno e interessante artigo The Death Of A Firewall no qual o autor, Stuart Berman, propõe que a arquitetura de segurança não deve se basear em controlar o "perímetro" de uma LAN, mas sim em aumentar a segurança de cada desktop e em configurar os servidores em camadas de segurança provida por simples ACLs em switches LAN-3.
A idéia não é nova. No LISA03, em San Diego, eu assisti a uma palestra do Abe Singer, administrador de systemas e rede do San Diego Supercomputing Center, na qual ele explicou como eles conseguiram evitar problemas de segurança nos últimos quatro anos com uma rede sem firewalls. A palestra foi baseada no artigo Life Without Firewalls, que é bem mais detalhado e mais interessante que o anterior.
Faz sentido pra mim.
A idéia não é nova. No LISA03, em San Diego, eu assisti a uma palestra do Abe Singer, administrador de systemas e rede do San Diego Supercomputing Center, na qual ele explicou como eles conseguiram evitar problemas de segurança nos últimos quatro anos com uma rede sem firewalls. A palestra foi baseada no artigo Life Without Firewalls, que é bem mais detalhado e mais interessante que o anterior.
Faz sentido pra mim.
quinta-feira, 14 de julho de 2005
SCO x IBM: Much Ado About Nothing
Chega a ser ridículo este "caso" SCO x IBM. Hoje veio à tona um email que circulou em agosto de 2002 dentro da SCO e que chegou ao Darl McBride falando sobre um estudo que eles tinham encomendado a um terceiro (Bob Swartz) com o objetivo de encontrar trechos de código no Linux que tivessem sido copiados de código Unix original. O estudo não encontrou nada. Ainda assim, depois disto, o Darl teve a "coragem" de fazer todo o auê que fez...
Sun's CIO on corporate blogging
No outro dia foi o Steve Ballmer da Microsoft. Agora é a vez do Bill Vass da Sun comentar sobre os prós e os contras de uma empresa admitir ou mesmo incentivar que seus empregados mantenham blogs pessoais no site da empresa. Ele sumariza assim:
Os possíveis problemas, segundo ele, estão relacionados ao risco de que algum empregado de alto escalão diga alguma coisa no seu blog que possa ter efeitos nas ações da empresa. Por exemplo, o blog pessoal do Jonathan Schwartz, Presidente da Sun, é um dos mais populares da web. Segundo Bill, os advogados da empresa lêem todos os posts de todos os blogs pra ter certeza de que não há nada comprometedor. Ainda assim, as vantagens para a empresa parecem compensar o trabalho extra.
"So far we've had very positive experiences with blogging, and I would encourage many other companies to do it as well."
Os possíveis problemas, segundo ele, estão relacionados ao risco de que algum empregado de alto escalão diga alguma coisa no seu blog que possa ter efeitos nas ações da empresa. Por exemplo, o blog pessoal do Jonathan Schwartz, Presidente da Sun, é um dos mais populares da web. Segundo Bill, os advogados da empresa lêem todos os posts de todos os blogs pra ter certeza de que não há nada comprometedor. Ainda assim, as vantagens para a empresa parecem compensar o trabalho extra.
David A. Wheeler on FISL6.0
David A. Wheeler’s Travelogue: the 6th International Free Software Conference (FISL 6.0) in Porto Alegre, Brazil
David Wheeler é um especialista em segurança e um prolífico escritor de artigos sobre software livre (ou OSS/FS, como ele costuma chamar). Ele apresentou no FISL6.0 um sumário do seu artigo mais famoso (que de tão grande já é quase um livro), chamado Why Open Source Software / Free Software (OSS/FS)? Look at the Numbers!.
O log da viagem dele tem 39 páginas e é muito interessante, pois mostra a visão de um estrangeiro sobre o Brasil e sobre a comunidade local de software livre. Vale a pena.
David Wheeler é um especialista em segurança e um prolífico escritor de artigos sobre software livre (ou OSS/FS, como ele costuma chamar). Ele apresentou no FISL6.0 um sumário do seu artigo mais famoso (que de tão grande já é quase um livro), chamado Why Open Source Software / Free Software (OSS/FS)? Look at the Numbers!.
O log da viagem dele tem 39 páginas e é muito interessante, pois mostra a visão de um estrangeiro sobre o Brasil e sobre a comunidade local de software livre. Vale a pena.
sábado, 9 de julho de 2005
Steve Ballmer on blogging
Numa curta entrevista concedida a um grupo de empregados da Microsoft, Steve Ballmer disse o seguinte a respeito de blogging de empregados (sublinhado meu):
Um ponto de vista muito interessante. Ainda mais vindo do CEO de uma empresa do tamanho da Microsoft... Acho que muita empresa menor está sendo mais conservadora que eles, e sem um bom motivo.
Q: Microsoft has been a leader in transparency, blogging, and Channel 9. Why did you allow blogging to happen?
A: In the world of developers I don’t think it would have mattered if I wanted to allow blogging to happen or not. But I think it’s been a great way for us to communicate to our customers and for our customers, more importantly, to communicate with us. We trust our people to represent our company. That’s what they are paid to do. If they don’t want to be here they wouldn’t be here. So in a sense you don’t run any more risk letting someone express themselves on a blog than you do letting them go out and see a customer on their own anyway. It just touches more people. Hey, if people need to be trained or understand better we can do that but I find that it’s just a great way to have customer communications.
Um ponto de vista muito interessante. Ainda mais vindo do CEO de uma empresa do tamanho da Microsoft... Acho que muita empresa menor está sendo mais conservadora que eles, e sem um bom motivo.
quinta-feira, 7 de julho de 2005
x11vnc: a VNC server for real X displays
Outra ferramenta muito interessante pra quem quer (ou precisa) trabalhar em casa. Trata-se de um servidor VNC que conversa com o verdadeiro servidor X de um desktop Unix de modo que um vncviewer remoto pode ter acesso à tela real do computador. O efeito é o mesmo que o do servidor VNC para Windows.
Estou usando de casa tunelado por ssh e o desempenho é bastante razoável.
Estou usando de casa tunelado por ssh e o desempenho é bastante razoável.
quarta-feira, 6 de julho de 2005
Gizmo
Gizmo é o novo empreendimento do Michael Robertson, fundador do site MP3.com e da distribuição Linux Linspire. Trata-se de um concorrente do Skype com funcionalidade semelhante (inclusive com alternativas ao SkypeOut e ao SkypeIn) mas com alguns diferenciais que chamam a atenção e podem atrair a atenção do mercado de VoIP:
Competição é sempre legal. Ainda mais quando os produtos competindo são todos grátis. :-)
- Ele usa o SIP como protocolo de comunicação. Ao contrário do protocolo proprietário do Skype, o SIP é um padrão Internet.
- Ele pretende simplificar a interoperabilidade entre vários provedores de VoIP, inclusive com algumas redes baseadas no PBX livre Asterisk.
Competição é sempre legal. Ainda mais quando os produtos competindo são todos grátis. :-)
Europa diz não às patentes de software
EU Parliament bins software patent bill | The Register
Europe Parliament Nixes Software Patent Law
EU Says No To Software Patents
Podemos respirar aliviados por um tempo. O Parlamento Europeu rejeitou por esmagadora maioria a diretiva que pretendia legalizar patentes de software em toda a Europa, o que teria impactos bastante negativos para desenvolvedores de software livre e pequenas e médias empresas de software proprietário. Provavelmente, os únicos que teriam vantagem com isso seriam as grandes empresas de software, quase todas americanas.
Isso não significa que a Europa não patenteie software. Significa apenas que não haverá uma legislação comum a todos os países que as legalize. Como a diretiva foi rejeitada, cada país continua seguindo suas próprias normas. O ideal seria que a diretiva tivesse sido amendada para proibir de uma vez por todas as patentes de software na Europa. Mas isso terá que ficar para o futuro.
Europe Parliament Nixes Software Patent Law
EU Says No To Software Patents
Podemos respirar aliviados por um tempo. O Parlamento Europeu rejeitou por esmagadora maioria a diretiva que pretendia legalizar patentes de software em toda a Europa, o que teria impactos bastante negativos para desenvolvedores de software livre e pequenas e médias empresas de software proprietário. Provavelmente, os únicos que teriam vantagem com isso seriam as grandes empresas de software, quase todas americanas.
Isso não significa que a Europa não patenteie software. Significa apenas que não haverá uma legislação comum a todos os países que as legalize. Como a diretiva foi rejeitada, cada país continua seguindo suas próprias normas. O ideal seria que a diretiva tivesse sido amendada para proibir de uma vez por todas as patentes de software na Europa. Mas isso terá que ficar para o futuro.
segunda-feira, 4 de julho de 2005
Xen
É incrível, mas parece que tem coisa que você só percebe se a baterem com força na sua cabeça... eu já ouvi falar e li sobre várias tecnologias de virtualização de máquinas e sistemas operacionais, como o VMWare e o User Mode Linux, mas hoje eu li algumas coisas sobre o Xen que me deixaram boquiaberto.
Há uma página mostrando um gráfico comparando o desempenho de um Linux nativo, outro sobre Xen, outro sobre VMware e ainda outro sobre UML. Os resultados são impressionantes. O overhead do Xen é minúsculo em relação às outras tecnologias de virtualização.
Recentemente, o Linux incorporou oficialmente patches para suportar o Xen. Parece que as distribuições Linux estão se mexendo e podemos esperar para breve versões com suporte nativo ao Xen. Infelizmente, no caso do Debian, o Sarge ainda não o suporta: só o Etch. Mas há um how to explicando passo-a-passo a instalação do Xen no Sarge.
Muitas idéias interessantes...
Há uma página mostrando um gráfico comparando o desempenho de um Linux nativo, outro sobre Xen, outro sobre VMware e ainda outro sobre UML. Os resultados são impressionantes. O overhead do Xen é minúsculo em relação às outras tecnologias de virtualização.
Recentemente, o Linux incorporou oficialmente patches para suportar o Xen. Parece que as distribuições Linux estão se mexendo e podemos esperar para breve versões com suporte nativo ao Xen. Infelizmente, no caso do Debian, o Sarge ainda não o suporta: só o Etch. Mas há um how to explicando passo-a-passo a instalação do Xen no Sarge.
Muitas idéias interessantes...
sábado, 2 de julho de 2005
Richard Stallman: Software Patents
Richard Stallman: Software Patents, Cambridge, UK, 2002-03-25
Nesta longa palestra (com audio) Richard Stallman fala dos danos que a "patentabilidade" do software pode causar aos desenvolvedores de software livre e às pequenas e médias empresas de software. Com clareza e bastante didática ele vai dissecando o problema passo a passo e mostrando os pontos fracos de vários argumentos pró-patentes de software.
Ele começa alertando que o termo "propriedade intelectual" é, na verdade, um termo de propaganda que pretende colocar num mesmo áreas do direito sem nenhuma relação histórica ou procedural, como copyrights, patentes e marcas. É muito comum a confusão entre um copyright e uma patente. Mas enquanto o primeiro cobre os detalhes da expressão de um trabalho a segunda cobre o uso de idéias. Enquanto o primeiro ocorre "por default", o segundo é concedido por um escritório de patentes em resposta a uma aplicação.
Enquanto um copyright cobre um programa específico, uma patente de software cobre uma idéia (ou uma combinação de idéias) que pode ser implementada em software.
O problema fundamental, e que diferencia o software de outros "produtos" patentáveis, como remédios ou equipamentos, é que nestes outros campos as patentes tendem a se referir à idéia que define um produto como um todo. (Isso é bastante claro no caso da indústria farmacêutica, em que uma patente cobre uma fórmula química que define um determinado remédio.) Já um programa que tenha um custo de produção (desenvolvimento) comparável ao do remédio em questão provavelmente teria milhões de linhas de código implementando milhares de idéias patentáveis.
Deste modo, enquanto uma patente química cria um monopólio para a produção de um remédio específico, uma patente de software cria um monopólio para a utilização de uma idéia potencialmente utilizável no desenvolvimento de programas destinados a diversos fins.
Particularmente interessante é a comparação que ele faz da dificuldade de se construir um produto físico e um programa com o mesmo número de "componentes". Enquanto os componentes físicos são sujeitos a um sem número de limites (e.g. força, torção, temperatura) e interferências (e.g. indução, atração, bloqueio de acesso), os componentes de software são "ideais" e muito mais fáceis de trabalhar. O que acontece é que com os mesmos recursos humanos e financeiros e possível construir programas muito mais complexos que equipamentos físicos. Daí a diferença na relação entre patente e produto nos diversos campos.
Segundo Stallman, a melhor analogia para explicar os problemas que a legalização de patentes de software poderiam causar é imaginar os problemas que Beethoven teria para escrever suas sinfonias se os governos europeus tivessem decidido em 1700 a estabelecer um Escritório Europeu de Patentes de Software para conceder patentes para qualquer idéia musical que pudesse ser expressa em palavras, obviamente como forma de "promover o progresso da música sinfônica". Quando Beethoven fosse reclamar que não estaria conseguindo produzir sua música sem infringir num sem número de patentes os donos de patentes diriam: "Ah, Beethoven, você só está esperneando porque você não tem nenhuma idéia própria. Tudo o que você quer é copiar as nossas invenções".
No final, Stallman sugere algumas ações para que os europeus em geral e os ingleses em particular possam lutar contra a legalização das patentes de software. Mas isso foi em 2002... Daqui a cinco dias teremos uma votação no Parlamento Europeu para decidir a questão... E os prognósticos são sombrios...
Nesta longa palestra (com audio) Richard Stallman fala dos danos que a "patentabilidade" do software pode causar aos desenvolvedores de software livre e às pequenas e médias empresas de software. Com clareza e bastante didática ele vai dissecando o problema passo a passo e mostrando os pontos fracos de vários argumentos pró-patentes de software.
Ele começa alertando que o termo "propriedade intelectual" é, na verdade, um termo de propaganda que pretende colocar num mesmo áreas do direito sem nenhuma relação histórica ou procedural, como copyrights, patentes e marcas. É muito comum a confusão entre um copyright e uma patente. Mas enquanto o primeiro cobre os detalhes da expressão de um trabalho a segunda cobre o uso de idéias. Enquanto o primeiro ocorre "por default", o segundo é concedido por um escritório de patentes em resposta a uma aplicação.
Enquanto um copyright cobre um programa específico, uma patente de software cobre uma idéia (ou uma combinação de idéias) que pode ser implementada em software.
O problema fundamental, e que diferencia o software de outros "produtos" patentáveis, como remédios ou equipamentos, é que nestes outros campos as patentes tendem a se referir à idéia que define um produto como um todo. (Isso é bastante claro no caso da indústria farmacêutica, em que uma patente cobre uma fórmula química que define um determinado remédio.) Já um programa que tenha um custo de produção (desenvolvimento) comparável ao do remédio em questão provavelmente teria milhões de linhas de código implementando milhares de idéias patentáveis.
Deste modo, enquanto uma patente química cria um monopólio para a produção de um remédio específico, uma patente de software cria um monopólio para a utilização de uma idéia potencialmente utilizável no desenvolvimento de programas destinados a diversos fins.
Particularmente interessante é a comparação que ele faz da dificuldade de se construir um produto físico e um programa com o mesmo número de "componentes". Enquanto os componentes físicos são sujeitos a um sem número de limites (e.g. força, torção, temperatura) e interferências (e.g. indução, atração, bloqueio de acesso), os componentes de software são "ideais" e muito mais fáceis de trabalhar. O que acontece é que com os mesmos recursos humanos e financeiros e possível construir programas muito mais complexos que equipamentos físicos. Daí a diferença na relação entre patente e produto nos diversos campos.
Segundo Stallman, a melhor analogia para explicar os problemas que a legalização de patentes de software poderiam causar é imaginar os problemas que Beethoven teria para escrever suas sinfonias se os governos europeus tivessem decidido em 1700 a estabelecer um Escritório Europeu de Patentes de Software para conceder patentes para qualquer idéia musical que pudesse ser expressa em palavras, obviamente como forma de "promover o progresso da música sinfônica". Quando Beethoven fosse reclamar que não estaria conseguindo produzir sua música sem infringir num sem número de patentes os donos de patentes diriam: "Ah, Beethoven, você só está esperneando porque você não tem nenhuma idéia própria. Tudo o que você quer é copiar as nossas invenções".
No final, Stallman sugere algumas ações para que os europeus em geral e os ingleses em particular possam lutar contra a legalização das patentes de software. Mas isso foi em 2002... Daqui a cinco dias teremos uma votação no Parlamento Europeu para decidir a questão... E os prognósticos são sombrios...
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