Mais dia, menos dia, acaba chegando na vida de toda mãe aquele momento em que seu filho faz aquela temível pergunta:Não sei quanto a vocês, mas eu quase caí da rede de tanto rir quando li esse começo da introdução ao artigo de Heidi Anderson, "Skeptical Parenting: Raising Young Critical Thinkers", na Skeptical Inquiry de novembro. Afinal, eu também tenho dois filhos e nem sempre é fácil encontrar as respostas certas.
- Mamãe?
- Sim, querido.
- De onde vieram as pessoas?
- Você quer dizer, os bebês? Bem, primeiro o homem pega o pênis e...
- Não, não. Eu quero saber das primeiras pessoas. De onde vieram as primeiras pessoas na Terra?
Fiquei perplexa. O que eu podia dizer? Eu sabia que esse momento iria chegar, mas eu ainda estava completamente despreparada. Eu ficaria feliz em falar de sexo com ele, mas evolução? Como eu poderia explicar evolução para meu filho de três anos quando eu mesma não entendia direito? Afinal, eu era produto do sistema educacional público da Carolina do Sul.
E foi aí que eu disse a pior coisa que qualquer mãe pode dizer ao seu filho quando ele pergunta sobre esse tema controvertido. Não, eu não lhe disse que nós fomos criados por Deus ou que nós fomos plantados aqui há milênios como um experimento extraterrestre. Eu lhe disse algo muito, muito pior.
- Querido, um dia os macacos viraram gente.
A introdução é excepcional e cria muita expectativa para o resto do artigo que não consegue manter o mesmo nível. De qualquer modo, ele é útil para pais céticos vivendo numa comunidade a-cética como a nossa.