Ontem levei meu filho ao médico porque ele estava sentindo dor de barriga desde a noite anterior. O doutor apertou, escutou, perguntou, brincou e me pediu pra fazer uma radiografia e uma ultra-sonografia só pra descartar a possibilidade de ser um apendicite. Sempre achei que a dor de um apendicite era do lado direito mais pra baixo do umbigo e a dor que ele sentia era mais pra cima. Mas o doutor explicou que em alguns casos o apêndice fica virado pra trás, o que atrasa os sintomas e muda a posição da dor. Como ele não tinha tido febre ainda, o doutor não estava muito preocupado, mas o fato de ele estar andando meio curvado pra frente era sintomático.
Meu filho ficou um tanto encucado. Enquanto íamos pro laboratório pediu pra eu explicar o que era "aquilo que o médico falou" e eu aproveitei pra lhe dar uma aula grátis sobre A Teoria da Evolução e a Inutilidade do Apêndice.
Ele se acalmou e não falamos mais sobre o assunto. Esperamos, fizemos a radiografia, esperamos mais um tanto e fomos pra sala da ultra-sonografia. A enfermeira o deitou e nos deixou à vontade dizendo que o médico viria logo. Mas ele não veio. Demorou uns dez minutos, no mínimo.
Durante esse tempo, meu filho ficou deitado e rindo de umas piadas sem graça que eu ia contando. Mas, sua cabecinha não tinha parado de pensar "naquilo que o médico falou" e ele estava é com um nervosismo contido.
Depois de uma pausa entre uma piada e outra ele começou a apalpar a barriga.
- Tá doendo, filhão?
- Só um pouquinho, pai.
Ele foi apalpando até embaixo do umbigo.
- Pai. Onde é que fica o útero?
- Hein?
- O útero. Onde é que fica?
Cheguei a pensar que a escola estava dando aulas de educação sexual antes da hora.
- Bem... nas mulheres o útero fica aí embaixo do umbigo, onde você está apalpando.
- Qué dizê... aquele negócio que o médico falou que eu posso ter.
- Rá. É apendicite: uma inflamação no apêndice, que fica aí embaixo do umbigo, do lado direito.
- Ah. E o que que é útero?
- É onde os bebês crescem na barriga das mulheres.
Rimos bastante, até quase o médico chegar.
Depois da ultra-sonografia, fomos esperar o resultado e ficamos vendo umas revistas. Depois de uns minutos ele perguntou:
- Pai, o que é aprose?
- Hein?
- Aquilo que eu posso ter?
- É "apendicite", não aprose.
- Ah!
- Deixa eu anotar essas barbaridades que você tá dizendo num papelzinho aqui pra eu não esquecer e poder contar pra mamãe.
Meu filho ficou um tanto encucado. Enquanto íamos pro laboratório pediu pra eu explicar o que era "aquilo que o médico falou" e eu aproveitei pra lhe dar uma aula grátis sobre A Teoria da Evolução e a Inutilidade do Apêndice.
Ele se acalmou e não falamos mais sobre o assunto. Esperamos, fizemos a radiografia, esperamos mais um tanto e fomos pra sala da ultra-sonografia. A enfermeira o deitou e nos deixou à vontade dizendo que o médico viria logo. Mas ele não veio. Demorou uns dez minutos, no mínimo.
Durante esse tempo, meu filho ficou deitado e rindo de umas piadas sem graça que eu ia contando. Mas, sua cabecinha não tinha parado de pensar "naquilo que o médico falou" e ele estava é com um nervosismo contido.
Depois de uma pausa entre uma piada e outra ele começou a apalpar a barriga.
- Tá doendo, filhão?
- Só um pouquinho, pai.
Ele foi apalpando até embaixo do umbigo.
- Pai. Onde é que fica o útero?
- Hein?
- O útero. Onde é que fica?
Cheguei a pensar que a escola estava dando aulas de educação sexual antes da hora.
- Bem... nas mulheres o útero fica aí embaixo do umbigo, onde você está apalpando.
- Qué dizê... aquele negócio que o médico falou que eu posso ter.
- Rá. É apendicite: uma inflamação no apêndice, que fica aí embaixo do umbigo, do lado direito.
- Ah. E o que que é útero?
- É onde os bebês crescem na barriga das mulheres.
Rimos bastante, até quase o médico chegar.
Depois da ultra-sonografia, fomos esperar o resultado e ficamos vendo umas revistas. Depois de uns minutos ele perguntou:
- Pai, o que é aprose?
- Hein?
- Aquilo que eu posso ter?
- É "apendicite", não aprose.
- Ah!
- Deixa eu anotar essas barbaridades que você tá dizendo num papelzinho aqui pra eu não esquecer e poder contar pra mamãe.
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